quinta-feira, 6 de novembro de 2014

SEXO E OUTROS AMORES: Autismo Social

SEXO E OUTROS AMORES: Autismo Social: Um dia desses, estava caminhando no shopping quando alguém me abordou para pedir uma informação e eu, mesmo com o fone de ouvido, consegui ...

Autismo Social

Um dia desses, estava caminhando no shopping quando alguém me abordou para pedir uma informação e eu, mesmo com o fone de ouvido, consegui ouvi-la e a ajudei. Reportei-me a uma ocasião em que passei mal dentro de um “zebrinha”, pra quem não sabe zebrinhas são ônibus em Brasília que acomodam menos pessoas e fazem um itinerário mais curto, cheguei até mesmo a vomitar e, depois  do que aconteceu olhei para quem poderia ter percebido já pensando na justificativa porque fiquei super constrangida enfim, fui surpreendida por ninguém, ninguém ter olhado ou percebido. Fiquei perplexa. Comecei a pensar se fosse um infarto ou epilepsia ou qualquer outra crise em que alguém precisasse de um suporte, mas talvez, a situação não seria diferente, por quê? Porque cada indivíduo que estava naquele ônibus estava em seu mundo, com seu fone, com suas músicas, como uma espécie de autista.

Então, fiquei pensando que existe um novo tipo de autismo, eu chamaria de autismo social ou autismo da modernidade. Quantos relacionamentos estão em crise desde a facilidade ao acesso dos smartphone? São tantos aplicativos legais que, por um lado, realmente agilizam nossa vida e, por outro, destroem-na completamente. Quantos casais chegam em casa e, infelizmente, não conseguem deixar o celular de lado chegando ao ponto de se comunicar pelo whatsapp? Quantos adolescentes estão crescendo e comunicando-se apenas com o mundo virtual? Todos autistas.

O bom é que esse tipo ou categoria de autismo tem cura. É um tipo de esforço do qual fomos, teoricamente, estimulados desde cedo. Somos inseridos em um circuito social desde que nascemos e estimulados a nos comunicar o tempo inteiro. Família, escola, trabalho, todos sobrevivem com base em relacionamentos. Ninguém é um deserto, mas todo mundo têm seus desertos, ninguém só depende de si pra existir, um puxa o outro, um anima o outro, inspiramo-nos em quem nem sabe que nós existimos, mas o fato é que cada vez desnutrimos nossas relações e por vezes, nos fechamos na playlist do celular como se estivéssemos fazendo parte de um clip musical e na vida perfeita e feliz do facebook.

O fato é que a vida é real e que estamos aqui pra sentir, chorar, sorrir, amar, odiar, viver e compartilhar o que vivemos ou o que foi vivido porque, o que somos hoje devemos a alguém que nos doou, mesmo que homeopaticamente, suas experiências. Sábias são as palavras de Dalai Lama: “O período de maior ganho em conhecimento e experiência é o período de mais difícil da vida de alguém”. Portanto, saiamos desse mundinho medíocre e arrisquemo-nos, ninguém disse que seria fácil, mas que valeria a pena e lembre-se, o difícil é o fácil que nunca foi tentado.

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

SEXO E OUTROS AMORES: Anorexia Emocional

SEXO E OUTROS AMORES: Anorexia Emocional: A anorexia é um transtorno de imagem que é caracterizado pela perda de peso intencional induzida e mantida pelo paciente. Também está relac...

Anorexia Emocional

A anorexia é um transtorno de imagem que é caracterizado pela perda de peso intencional induzida e mantida pelo paciente. Também está relacionado à sensação de apetite diminuída e diria que é uma doença que está ganhando espaço numa perspectiva afetivo - emocional. Quantas vezes ou quantas pessoas você já ouviu dizer que está saciado emocionalmente ou afetivamente? E, quantas vezes ouvimos tantas justificativas a ponto de ficarmos estarrecidos por fulano ou fulana conseguirem viver com tão pouco alimento pra alma? Chega a ser inimaginável entender como algumas pessoas conseguem viver com tão pouco, migalhas, e não conseguem enxergar o quão desnutridas estão afetivamente.

São migalhas no trabalho, migalhas de amizade, migalhas de atenção, de carinho, de amor e, o resultado não poderia ser diferente, sobrevivem. O fato é que elas veem como excesso e assim, satisfazem-se com muito pouco, ou melhor, saciam-se, mas quando o outro a vê logo enxerga a doença.
Geralmente pessoas que se doam muito acham que não tem o direito de receber tanto. E nada-nada, vira um ciclo vicioso e suicida. Quantos de nós, em momentos cruciais no trabalho, deixamos de comer, nos sustentamos com café, guloseimas dar conta de um trabalho ou projeto? Quantos de nós priorizamos atividades que mais nos matam do que nos revigoram?

O mundo “Time is Money” nos consome, nos definha e até muda os nossos valores. Passamos a acreditar que é suficiente o tempo passado com o parceiro no carro com som ligado, ouvindo notícias, sem trocar uma palavra, acreditamos até que falar com o parceiro ou filho durante o dia somente por whatsapp ou com mensagens motivacionais, de bom dia ou de carinho no facebook nos dá a pseudo sensação de união familiar. Onde foram parar os abraços, as cartas de amor (as realmente escritas e não as compartilhadas) os telefonemas e cartões de feliz aniversário, os sorrisos e as gargalhadas reais? Alguns logo justificariam que tudo isso é exagero, mas não percebem o quanto são desnutridos satisfazendo-se com carinhas felizes e gargalhadas escritas.

Não é egoísmo acreditar que merecemos o melhor, muitas vezes, o que nos impede de ter um bom carro, um bom apartamento e até mesmo um bom relacionamento é que acreditamos que não somos merecedores de tal graça e vivemos em uma espécie de restrição emocional eterna.  Acreditar que merece já é um grande passo, procurar ajuda é o primordial, afinal de contas, anorexia não é brincadeira, nos enfraquece de uma forma até não termos defesa o suficiente pra sairmos com vida, ou seja, alimente sua alma!  


sábado, 6 de setembro de 2014

6.9 – Dia do Sexo

Muitos certamente, nem saberiam que hoje é dia do sexo. Hoje me peguei pensando em como seria o dia do sexo se fosse comemorado como essas datas comerciais. Imagina o dia do sexo sendo comemorado como o dia dos namorados? Hilário!! Se no dia dos namorados, pra comemorar é preciso ter um namorado, no dia do sexo seria devastador. Todas as datas ditas comerciais são exploradas pelo comercio de uma forma tão insistente que acabamos cedendo. Agora, imaginem a cena, os comerciais exibindo vibradores e acessórios eróticos insistentemente para que todos pudessem comemorar o dia “D”?? No mínimo, engraçado.

A questão aqui não é a data em si, até porque muitas pessoas justificam não dar presentes no dia da mulher ou dia das mães ou crianças porque diz que “dia da mulher é todo dia!” Quantas de nós já não ouvimos essa frase? A questão é que essas justificativas são até plausíveis, mas a verdade é que são apenas palavras. Muitos justificam assim pra simplesmente não se render aos manejos comerciais, ao capitalismo e consumismo. A verdade é que por pior que seja algumas mulheres só são valorizadas, agradadas e mimadas no dia da mulher, ou reconhecidas o seu devido valor no dia das mães e amadas no dia dos namorados. Alguns homens, só são valorizados como pai no dia dos pais e, pior, os que sabem, só fazem sexo no dia do sexo!

Claro, claro, tudo no seu devido lugar, mas vamos combinar que tem gente que precisa das datas!! Não é o ideal, mas às vezes é necessário. Para os que precisam das datas, comemore e para os que não precisam, aproveitem mais ainda! Estamos num mundo que nos engole de uma forma que às vezes esquecemos até de respirar quanto mais amar, valorizar quem estar do nosso lado, aproveitar e curtir quem nos ama, “chamegar” com quem vale a pena.


Então, se tem data, comemore! Se não tem data, invente alguma para comemorar! Justifique, comemorando!! E perceba que a vida vale muito mais a pena quando é gozada e simplesmente vivida!

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Homens ao mar!!!!

Expressão bem conhecida quando se trata de perigo ou algo parecido. O curioso é que um dia desses usei uma metáfora com um paciente que depois até eu mesma fiquei pensando. Coloquei que, às vezes, era preferível “abraçar a âncora”. Fiquei pensando na comodidade de tantas pessoas que acabam por fazer esta escolha. Quantas vezes desistimos de nadar e por vezes nem tentamos? Nadar pra mim é um dos esportes mais difíceis que conheço. Já experimentei vários esportes, mas nadar... Água cansa mais do que 20 km de corrida. Quantas vezes a vida fez isso conosco? São tantas ondas, os famosos “caldos” que, faz com que saiamos do mar sem saber quem somos, para onde vamos ou, vai dizer que ninguém nunca tomou ou “caldo” daqueles? São dificuldades que várias vezes fazem com que nós simplesmente abracemos a âncora, desistimos.

Aprender a nadar para alguns educadores físicos é uma questão de sobrevivência. Hoje, tem-se a natação para bebês. Deveria ser pré-requisito, afinal de contas não tem coisa melhor do que ir a algum lugar que tenha piscina e ficar tranquilo em relação ao seu filho. Quando somos crianças e seu pai diz: pula! Você vai e pula! Deveria ser assim para viver, ensinar a nadar, ou melhor, a viver! Só que quando crescemos parece que o medo cresce proporcionalmente. Temos medo de pular, de nadar, de viver! Ficamos hesitantes, damos tantas desculpas, tantas explicações, algumas tão surreais que só nós acreditamos. Ora, medo e o desespero no mar são apenas condições para a morte, a sua e a de quem pode te salvar. Quem conhece o mar sabe que ele, em sua magnitude, merece respeito. A vida também oras!

Jogar-se na vida não significa não pensar nas dificuldades que ela vai apresentar, mas sim confiança de que pode sobreviver e, que em meio a ondas e caldos que você vai tomar e que podem até te tombar, deve-se ter o respeito e discernimento para enfrenta-los de modo que não se afunde e nem afogue quem pode te salvar. Tantas vezes a solução de vários, muitos problemas estão na nossa frente e simplesmente, por conta do desespero, não conseguimos enxergar. Parece difícil, mas, o difícil é o fácil que nunca foi tentado, as vezes, é só dar aquele impulso pra respirar um pouco e conseguir pensar.

Viver não é fácil, viver e ser feliz é mais difícil ainda, mas quando se decide por isso, aprendemos a ver as dificuldades de forma diferente e, quando alguém ou alguma situação te joga no mar, você nada! E por maiores que sejam as ondas você consegue! Ninguém nunca disse que seria fácil, mas que valeria a pena!

domingo, 10 de agosto de 2014

SEXO E OUTROS AMORES: São só garotos

SEXO E OUTROS AMORES: São só garotos: Um dia desses fiquei pensando como deve ser ruim ser homem porque concluí que é muito, mas muito melhor ser mulher. Talvez seja uma quest...

São só garotos


Um dia desses fiquei pensando como deve ser ruim ser homem porque concluí que é muito, mas muito melhor ser mulher. Talvez seja uma questão de semântica, se é que se pode dizer assim. Então, nós mulheres somos treinadas para sermos mulheres, bem ou mal, é isso que acontece. Desde pequenas ganhamos bonequinhas, algumas aprendem a bordar, outras panelinhas, e recebemos conselhos futurísticos com frases sempre iniciadas com aquela conjunção “quando”. Quando você casar... Quando tiver a sua casa... Quando você for mãe... Quando..... quem não se lembra de ter ouvido alguma frase assim ou de já ter falado algo do tipo. E os homens?? Eu mesma nunca me lembro de ter ouvido frases parecidas para os homens. Adoraria que eles ouvissem frases do tipo quando você casar corteje sempre sua esposa, nunca deixe de namora-la, corteje-a sempre não somente quando quiser transar, ajude-a em casa, não deixe a tampa do vaso levantada, seja proativo, fique mais tempo com seus filhos e se fosse fazer uma lista não pararia por aqui. Ao invés disso eles escutam frases como homem não chora, homem não podem brincar de boneca... homem não... e homem não! Enquanto somos “treinadas” para tornarmos mulheres eles são incentivados a serem apenas garotos, alienados por um machismo que os forja como homens.

E aí, vem o casamento! Tudo que foi construído é desconstruído, tudo que achávamos que seria de um jeito é de uma forma completamente diferente! Hábitos diferentes que são mudados ou adaptados, somos obrigados a amadurecer, a respeitar, a crescer, a assumir! Assumir a vida adulta, pagar contas, sorrir quando quer chorar, falar quando não quer falar. Nós mulheres, claro que nem todas e cada uma no seu ritmo, parece que temos uma coisa meio “camaleoa” de se adaptar, de usar a criatividade e solucionar problemas. Já os homens... o tempo de maturação é diferente, sofrem, mas ninguém falou pra eles que homem sofria de amor ou por amor, sentem vontade de chorar, mas todo mundo dizia que homem não chora, eles até tentam , mas não mostraram que eles tinham outras opções, apenas uma.

Pior do que o casamento são os filhos! E agora?? Uma criaturinha tão pequena depende desse pai que, automaticamente, transforma-se em herói ou príncipe. O mundo deles cai porque até então, fizera o que fora projetado: jogar bola, assistir campeonatos de futebol ou algum canal de esporte, coçar o saco, campeonatos de quem cospe mais longe e de repente, aquele que não brincou de bonecas pra ter uma ideia de como seria segurar um bebê, trocar fraldas, dar banho, brincar, aconselhar sobre namorados se vê obrigado a fazer tudo isso, por uma espécie de amor que ele nunca experimentou.


 E aí eles viram homens! (Uns nunca se transformam, mas foquemos na parte boa). Os valores mudam, a forma de ver algumas coisas muda quase tudo muda. Alguns até experimentam uma espécie de gratidão pelas mulheres de sua vida. Como quase tudo na natureza, o homem tem seu tempo de maturação. Deve-se considerar as “interferências” que o preparam ou simplesmente retardam esse processo. Mais uma vez, a comunicação e o respeito têm seu valor primordial com uma boa dose de paciência dentro da panela do amor.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Como andar de Skate

Certo dia, observando um jovem andar de skate, fiquei pensando em quanto andar de skate se parece com viver a vida. Parece ser libertador estar sobre quatro rodinhas, mas mais libertador ainda deve ser conseguir ficar em pé nessas quatro rodas. Admito que já tentei andar de skate e não quis levar essa aventura a sério, mas respeito quem anda não só por andar, mas porque tenho a impressão de que quem aprende a andar de skate deve aprender a cair também. Essa é a questão, saber cair.

Somos ensinados a ascender, a ir sem olhar pra trás quando o passado também faz parte de nossa história, as quedas fazem parte da nossa história. Sem elas não aprenderíamos, não arriscaríamos e mais, arriscaria dizer que muita coisa depende do ângulo em que a queda é vista, faz todo um diferencial. A questão é que não somos ensinados a cair, diga-se de passagem, alguns pais até brigam com os filhos quando caem, quando deveriam enfatizar o levantar, enfatizam a queda.

Saber cair deveria ser condição sine qua non para viver. Saber cair é ter coragem, é admitir que não deu certo, é ter humildade pra assumir seus erros, é saber cair pra não ficar no chão. Saber cair é cair pra levantar e não cair pra afundar-se na lama da vergonha. Então, depende do ângulo mesmo. Se não caíssemos, não saberíamos andar. Quando sabemos cair arriscamo-nos até que dê certo. Quando sabemos cair, simplesmente não temos medo de arriscar, de tentar, de levantar e mantemos o foco no conseguir, no objetivo real ou alguém já viu uma criança desistir de andar depois de um tombinho?

Não é vergonha cair, é vergonha cair e ficar no chão, esperando os outros fazer o que só nós podemos fazer por nós mesmos, é não pedir a mão para admitir que precisa de ajuda, ajuda pra levantar, pra seguir em frente, pra viver. Não tenha vergonha de suas quedas, orgulhe-se delas, porque de alguma forma, as quedas te dão sabedoria para escolher o melhor caminho ou simplesmente, trilhar o seu caminho de forma mais rica e mais leve.


sexta-feira, 23 de maio de 2014

Dar nome aos bois

Expressão tão comum que deveria ser mais presente em nossas vidas, ou melhor, em relação nosso órgão sexual. A relação que temos com o órgão, nós mulheres em especial, nem sempre é normal, ou até humana e muito menos motivadora. Falo motivadora porque enquanto os homens dão apelidos grandiosos, como se com tais nomes conseguissem ganhar uma guerra e virar lendas, nós mulheres, parecemos carregar o peso da inveja do pênis e acabamos sendo conduzidas a nomenclaturas que apresentam certo nojo e até um menosprezo com nosso órgão, até decorrente de uma baixa autoestima sexual.

Chega a ser engraçado, pra não dizer patético, a forma como é imposto a relação com o órgão sexual feminino. Tais questões denotam certo preconceito ou a carga dos tempos remotos de que mulher não tinha direito ao prazer, não tinha direito a ser. E aí, em pleno século XXI, deparamo-nos com mulheres que tem vergonha do seu órgão, que foi ensinada a dar um nome como se fosse um disfarce, nada que remeta a questões sexuais. São mulheres que foram induzidas a renegar seu órgão ou a simplesmente ignorar.

Depois de queimar sutiã, brigar por direitos iguais, vimo-nos frustradas sexualmente quando precisamos simplesmente aceita-la, simplesmente dar o nome correto. Vamos combinar, não dá pra viver a vida simplesmente ignorando um fígado, ou um rim, ou até mesmo alguns vasinhos, quanto menos a nossa vagina.

Vagina! O nome nem é feito e tem gente com nome pior!!! É um órgão tão perfeito quanto qualquer outro do corpo humano, de uma elasticidade extraordinária ainda tem a adorável função predestinada ao prazer. Está ligada diretamente com todos os outros órgãos e às vezes nos dá sinais muito mais claros. O difícil é ver o sinal de um “ser” ignorado né?


Então, ignorar sua vagina é ignorar você, sua saúde, sua sexualidade. Dê nome aos bois, não a sua vagina. Trate as coisas como elas são e certamente os problemas ficarão muito mais fáceis de ser resolvidos com seus respectivos nomes e não com os disfarces que lhe são dados.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Futuro no Presente

A ansiedade, que é a reação surpreendentemente mais comum e muito presente nos dias atuais, pode ser definida também como “excesso de futuro”. Deixamos de viver o hoje e nos preocupamos tanto com o que vai ou o que pode acontecer que simplesmente não vivemos. O que realmente nos faz fugir do futuro? Seria o estado de calamidade do país? O sistema? Ou simplesmente a nossa vida? De todas as possibilidades citadas a terceira é a mais difícil de resolver porque para que isso ocorra, depende explicitamente e exclusivamente de nós! É a nossa vida e ela precisa ser cuidada agora, hoje e não amanhã, precisa ser vivida e não ficar estacionada na vaga do passado. Preocupamo-nos tanto com o que o outro vai pensar, temos medo do que vai acontecer quando na verdade estamos apenas imobilizados frente a um futuro que nem sabemos quando vai acontecer com a probabilidade de não acontecer por estarmos como estátuas frente as possibilidades.
Não vivemos até, que súbito, nosso corpo chacoalha-nos para mostrar-nos que precisamos viver e, quando olhamos pra trás, percebemos o quanto não vivemos, o quanto deixamos de fazer  e nos encontramos sem perspectiva para o futuro

Percebemos que deixamos de nos amar, de dividir, de estar com pessoas queridas e às vezes, percebemos que deixamos até de sorrir. Desaprendemos a relaxar, a acreditar que somos capazes mesmo motivando todos ao redor; recolhemo-nos em nós de uma maneira peculiar e quando a ficha cai, estamos numa situação como se fôssemos o homem de lata de Alice no país das maravilhas, só gostaríamos de ter um coração, de sentir.

Superprotegemo-nos, não tocamos e nem deixamos ser tocados. Deixamos de abraçar, deixamos de amar. Esquecemos nossos interesses, não pedimos ajuda, afundamos num futuro sem perspectiva sequer para o presente.

O presente é simples e está aí como um presente. Talvez, hoje, não é visto nem aberto com o entusiasmo de um presente, mas só depende de nós vive-lo ao máximo e reconectarmos com nossa alma, voltando a viver ou simplesmente sentir.


segunda-feira, 5 de maio de 2014

SEXO E OUTROS AMORES: Sim pra mim, não pra você!

SEXO E OUTROS AMORES: Sim pra mim, não pra você!: Não, palavrinha ordinária! Tão pequenina, mas tão forte e, eu diria que até salva vidas. Quantas vezes gostaríamos de dizer não e dizemos s...

Sim pra mim, não pra você!

Não, palavrinha ordinária! Tão pequenina, mas tão forte e, eu diria que até salva vidas. Quantas vezes gostaríamos de dizer não e dizemos sim? Quantas vezes nos pegamos sofrendo e nos perguntando o porquê de termos aceitado tal trabalho, ou ajuda, ou sexo, ou beijo, ou permitido ao invés de não permitir? Por que dizer não é tão sofrível às vezes? 

Quando criança, brincamos de bem me quer e mal me quer sempre torcendo pra dar bem me quer, mas quando crescemos acabamos optando “sem querer” pelo mal me quer porque deixamos que a “sorte” escolha e consequentemente deixamos de fazer nossas escolhas e, pior, sempre achamos justificativas plausíveis pra aceitar o que não gostaríamos de aceitar.

Sempre costumo dizer que quando dizemos não ao outro dizemos sim para nós mesmos. Parece que essa equação monossilábica é resolvida com o verbo permitir. Permitir-se, essa é a resolução. Tantas vezes sacrificamos amigos, maridos, esposas, filhos, prazeres porque simplesmente não conseguimos dizer “não” e aos poucos, como um vírus, somos consumidos pelo trabalho e até por pessoas que convivem do nosso lado que sabem de nossa condição “positiva” frente a um problema a ser resolvido. Daí um dia pensamos: por que só eu? E mais uma vez temos respostas que nos soam coerentes e convincentes. Convencemo-nos de que o melhor para nós é o “não” e para o outro é o “sim”, ou seja, convencemo-nos do mal me quer.

Quando começou? Quando criança? Quando casamos? Quando obtivemos o nosso primeiro emprego? Seria uma discursão muito mais aprofundada, talvez para discutir com um profissional, mas a questão é que pode-se inverter esse processo. Podemos nos permitir, permitir ficar um pouquinho mais na cama, permitir assistir aquele filme que sempre se programou e não consegue ver, permitir ficar mais tempo com seu filho e brincar daquela brincadeira que ele sempre pede e você nunca dispõe de tempo, permitir ficar em sem fazer nada assistindo sessão da tarde ou qualquer outro tipo de filme em que você vai dormir mais do que assistir mas sairá renovado. Por que não? Porque sim!! Porque merecemos e basta apenas acreditar que merecemos.


Quando acreditamos que merecemos demos nossos passos confiantes e acreditamos que viver um dia após o outro é mais leve do que carregar nas costas o passado e não viver o presente preocupado com o amanhã. Não dá pra viver o hoje se não nos permitirmos. Permita-se, viva, diga sim a você! 

segunda-feira, 21 de abril de 2014

A regra é clara?

E existe regra?? Quantas vezes já ouvimos ou até mesmo nos dirigimos a colegas com conselhos como não pode transar no primeiro encontro, o primeiro beijo deve ser assim, em casamento não pode usar tal cor, tem que casar com o rapaz da mesma religião, não diga que está com medo, a lingeri tem que ser de tal cor, não faça isso não faça aquilo ou faça dessa forma senão ele não fica na sua, se você quer namorar não pode fazer tal coisa tem que fazer assim... aff!!! Tantas regras e nada acontece como esperado. De uma certa forma, os relacionamentos seriam muito mais fáceis se seguissem uma regra, uma etiqueta, mas o fato é que para nenhum tipo de relacionamento existe uma regra certa. Acredito que tenham certos princípios como respeito, cumplicidade, amor que, a meu ver, são pilares e não regras, nenhum relacionamento sobrevive sem eles, mas aí são outros quinhentos.

 Assim é a vida, não há receitas nem bulas. Como diz Walter Riso “O amor não é um jogo de indiretas e enigmas para decifrar às 24 horas do dia para saber quando, onde e como vão nos amar”. Somos seres dinâmicos, reagimos a diferentes estímulos e isso que faz com que namoros de 3 meses durem até que a morte os separe e  outros, que duraram 10 anos, sobrevivam apenas a 1 ano de casamento. É o que faz pessoas  que se conheceram numa micarê ou na internet serem felizes e outras casarem com o rapazinho da mesma religião e viverem um inferno.

São tantas regras, mas nenhuma serve pra todos... A questão é, existem regras?? Sim, existem. Mas acredito que elas são relativas quando o assunto é relacionamento. Numa boa relação a linguagem é universal, não há muito o que ser traduzido porque os amantes falam o mesmo idioma, como diz Walter Riso “... ainda que haja um dialeto, são variações de uma mesma língua.” Colocar tudo dentro de um balde só é burrice.

Então, a questão é que a vida não é um jogo, o amor não é um jogo e as regras não são tão claras. A vida é pra ser vivida da melhor forma, enfrentando com coragem seus percalços e contornando com sabedoria as pedras do caminho.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Virar a página

Quem gosta de ler, sabe o quanto é gostoso virar uma página ansioso pelo final. Chega a ser quase como uma degustação, um misto de ansiedade para saber como aquela história vai acabar. Escrever um livro deve ser mais excitante ainda, a cada página, o autor anseia por explanar os detalhes que vão levar ao final daquela história. Por que é tão difícil virar a página na maioria das vezes? Tenho a impressão de que a maioria de nós, confundimos virar a página com recomeçar. Recomeçar pode ser completamente diferente, mas também pode ser complemento do ato de virar a página. Complexo? Talvez.

Cada indivíduo tem sua história, cada um tem sua primeira página, que faz com que ele seja o que é hoje. Um dia, ao em vez de ser um personagem secundário passa a ser o autor, o autor de sua história e sendo assim, o personagem que quiser. Delícia!!! Podemos ser o que quisermos, mas não conseguimos simplesmente ser, porque quando somos mesmo não sendo quem realmente somos, nos apegamos a um eu que não nos pertence e que receamos em desapegar porque é o que conhecemos e não o que de fato somos. Então vem o medo. Medo de virar a página, pegar a caneta da vida e escrever a sua história, ou reescrever a sua vida e ser de fato quem você é. Ora, pra escrever sobre um personagem deve-se saber o que esse personagem gosta, curte, odeia, ama, deve-se saber quem ele e é. Temos vergonha de nós mesmos quando percebemos que não sabemos escrever de nós e sobre nós, quando percebemos que nos  acomodamos aos personagens secundários e tememos o futuro, o papel principal da vida.  Muita responsabilidade?? Mas talvez a responsabilidade seja o preço da liberdade. Liberdade pra conduzir, pra improvisar e até mesmo pra arrancar a folha do livro e reescrever a história. Reescrever....


Virar a página, ir. Virar a página não significa apagar as páginas vividas, afinal de contas, as páginas que ficaram para trás fazem parte da sua história, significa seguir em frente, levantar a cabeça e ir. Assumir o personagem principal, ficar no centro do palco e encarar o público de frente. Difícil? Sim. Impossível? Não. Certa vez li uma frase que dizia “o difícil é o fácil que nunca foi tentado”. Talvez, assumir a caneta do livro da vida seja mais fácil do que ser fantoche da sociedade em que vivemos, seja ela no meio familiar, no trabalho ou na vida afetiva. Tente, mas tente olhando pra frente, escreva o que há de melhor no seu livro, arrisque, inove, mas viva! Vire cada página da sua vida com a certeza de um final feliz!

quarta-feira, 26 de março de 2014

Homens de (pseudo) Ferro

Nunca os super-heróis estiveram tanto em alta. É Homem de Ferro, Superman, Homem Aranha, Hulk, Capitão América, regravação do Homem Aranha..., parece que todos eles voltaram com força total. Será que os super-heróis geraram um tipo de complexo de gênero? Algo como um “complexo de super-herói”?? Super-heróis geralmente são homens e mulheres esbeltos, super sexy, fortes... Intrínsecos a todos esses adjetivos, atrelamos inconscientemente que são bem sucedidos, têm vida sexual perfeitas, sempre bem dispostos e de bom humor. Certo? Errado! Pra falar a verdade nem sei se existem homens ou mulheres assim. Isso seria o ideal para muitos, a perfeição. Mas o real é bem diferente disso.

Na maioria das vezes, achamos que precisamos de super-heróis em nossas vidas ou nos tornamos super-heróis. Não conseguimos encontrar ou enxergar apenas os seres humanos que somos ou que estão ao nosso lado. Cobramo-nos como máquinas, muitas vezes, assumimos todo o serviço ou todos os problemas e vivemos cansadas sem entender o porquê. Não nos reservamos o direito de descansar e nem damos esse direito ao outro.  O mal estar da civilização é estar sem tempo, sem tempo para amigos, pra bater um papinho furado, pra fazer nada com o companheiro(a). Discutir a relação é perder tempo, dar colo pra um filho adolescente ou apenas ouvir o que ele tem a dizer é perder tempo, a amizade e o convívio social é perder dinheiro. Estamos tão preocupados em salvar o mundo que não salvamos a nós mesmo. Abraçamos tudo de uma forma como se só nós pudéssemos fazer e não demos a oportunidade pra mais ninguém... Desaprendemos a dividir, só queremos multiplicar sem somar nada a vida de alguém e no final das contas, o saldo dá negativo.

E aí, tropeçamos na realidade e adoecemos, percebemos que não somos heróis e nem heroínas, que não existem homens de ferro, mas existem simplesmente homens ou mulheres. Homens e mulheres que acertam, erram, caem, levantam, sujam-se e tiram a poeira, que nadam contra a maré da rotina todos os dias, que sentem vontade de desistir quando não concebem uma solução, mas que têm vontade de dominar o mundo quando renovam sua fé.


E quando nos percebemos humanos, damos valor aos detalhes, a estar com pessoas especiais, a fazer coisas especiais, a parar pra ver um nascer do sol ou admirar um pássaro cantando, a simplesmente agradecer pela vida. Pena que só conseguimos perceber tais aspectos quando somos quase mortos pela “kryptonita do tempo” e só conseguimos reagir quando estamos prestes a um último suspiro de vida. Não esperemos o último minuto pra mudar a vida, mudemos o primeiro minuto pra viver.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Vale a pena ler!

DIVÓRCIO por Arnaldo Jabor -

Meus amigos separados não cansam de perguntar como consegui ficar casado 30 anos com a mesma mulher. As mulheres sempre mais maldosas que os homens, não perguntam a minha esposa como ela consegue ficar casada com o mesmo homem, mas como ela consegue ficar casada comigo. Os jovens é que fazem as perguntas certas, ou seja, querem conhecer o segredo para manter um casamento por tanto tempo. Ninguém ensina isso nas escolas, pelo contrário. Não sou um especialista do ramo, como todos sabem, mas dito isso, minha resposta é mais ou menos a que segue:

Hoje em dia o divórcio é inevitável, não dá para escapar. Ninguém agüenta conviver com a mesma pessoa por uma eternidade. Eu, na realidade já estou em meu terceiro casamento – a única diferença é que casei três vezes com a mesma mulher.

Minha esposa, se não me engano está em seu quinto, porque ela pensou em pegar as malas mais vezes que eu. O segredo do casamento não é a harmonia eterna. Depois dos inevitáveis arranca-rabos, a solução é ponderar, se acalmar e partir de novo com a mesma mulher.

O segredo no fundo é renovar o casamento e não procurar um casamento novo. Isso exige alguns cuidados e preocupações que são esquecidos no dia-a-dia do casal.

De tempos em tempos, é preciso renovar a relação. De tempos em tempos é preciso voltar a namorar, voltar a cortejar, seduzir e ser seduzido. Há quanto tempo vocês não saem para dançar? Há quanto tempo você não tenta conquistá-la ou conquistá-lo como se seu par fosse um pretendente em potencial?

Há quanto tempo não fazem uma lua-de-mel, sem os filhos eternamente brigando para ter a sua irrestrita atenção?
Sem falar dos inúmeros quilos que se acrescentaram a você depois do casamento. Mulher e marido que se separam perdem 10 kg em um único mês, por que vocês não podem conseguir o mesmo?

Faça de conta que você está de caso novo. Se fosse um casamento novo, você certamente passaria a freqüentar lugares novos e desconhecidos, mudaria de casa ou apartamento, trocaria seu guarda-roupa, os discos, o corte de cabelo, a maquiagem. Mas tudo isso pode ser feito sem que você se separe de seu cônjuge.

Vamos ser honestos: ninguém agüenta a mesma mulher ou o mesmo marido por trinta anos com a mesma roupa, o mesmo batom, com os mesmos amigos, com as mesmas piadas. Muitas vezes não é a sua esposa que está ficando chata e mofada, é você, são seus próprios móveis com a mesma desbotada decoração.

Se você se divorciasse, certamente trocaria tudo, que é justamente um dos prazeres da separação. Quem se separa se encanta com a nova vida, a nova casa, um novo bairro, um novo circuito de amigos.

Não é preciso um divórcio litigioso para ter tudo isso. Basta mudar de lugares e interesses e não se deixar acomodar. Isso obviamente custa caro e muitas uniões se esfacelam porque o casal se recusa a pagar esses pequenos custos necessários para renovar um casamento.

Mas se você se separar, sua nova esposa vai querer novos filhos, novos móveis, novas roupas e você ainda terá a pensão dos filhos do casamento anterior.

Não existe essa tal “estabilidade do casamento” nem ela deveria ser almejada. O mundo muda, e você também, seu marido, sua esposa, seu bairro e seus amigos.

A melhor estratégia para salvar um casamento não é manter uma “relação estável”, mas saber mudar junto. Todo cônjuge precisa evoluir, estudar, aprimorar-se, interessar-se por coisas que jamais teria pensado em fazer no inicio do casamento. Você faz isso constantemente no trabalho, porque não fazer na própria família?

É o que seus filhos fazem desde que vieram ao mundo. Portanto descubra a nova mulher ou o novo homem que vive ao seu lado, em vez de sair por aí tentando descobrir um novo interessante par. Tenho certeza que seus filhos os respeitarão pela decisão de se manterem juntos e aprenderão a importante lição de como crescer e evoluir unidos apesar das desavenças. Brigas e arranca-rabos sempre ocorrerão: por isso de vez em quando é necessário se casar de novo, mas tente fazê-lo sempre com o mesmo par.

Como vê, NÃO EXISTE MÁGICA – EXISTE COMPROMISSO, COMPROMETIMENTO E TRABALHO – é isso que salva casamentos e famílias.”

Fonte: Citações Arnaldo Jabor

quarta-feira, 12 de março de 2014

Tudo é pouco

Interessante a relatividade da palavra “tudo”. O que é tudo pra uns é nada pra outros. Esse antagonismo faz parte dos nossos relacionamentos. Certa vez estava conversando com alguém, e ponderamos questões como quando se está com muita fome, comer é tudo, ou quando está com a bexiga cheia, fazer xixi é tudo. Enfim, tudo isso é tão legal! Essa relatividade pode ser adaptada ao nosso dia a dia conjugal. O que pra uns não é nada pra outros é tudo.

Em um relacionamento, o tudo que se quer do outro é tão pouco que chega a ser ridículo. Nós, na maioria das vezes, só gostaríamos de um misto de atenção e consideração. Não o tipo de atenção que seja comprada, mas a atenção de ligar pra avisar que a bateria vai acabar e vai ficar incomunicável, não nos tratar como se não soubéssemos o que estamos falando quando expomos nossos sentimentos, ligar pra avisar que depois do futebol resolveu ficar mais um pouco com os amigos, entre outros. Já vi muitos homens que tentam reparar os tropeços com sexo ou dando um presente quando na verdade a gente só queria uma consideraçãozinha. Sabe aquele telefonema de 30 segundos pra avisar? Em contrapartida, por vezes não reconhecemos alguns sacrifícios que eles fazem por nós. Algumas vezes, tudo que eles querem é o reconhecimento de terem que ficar até mais tarde no trabalho, de estudarem nas horas vagas pra passar em um concurso melhor e nos proporcionar mais conforto, do seu time ganhar o primeiro lugar no campeonato do clube... Parece bobeira pra muitas de nós, mas um abraço e um sorriso de parabéns talvez fossem o ‘tudo’ pra eles, até mais que o troféu.

Na verdade, o tudo é muito pouco, são os detalhes... Detalhes pequenos que fazem a grande diferença, que ficam na memória e que mudam o final de muitas histórias. Deixamos passar tantas coisas despercebidas, criticamos no automático e elogiamos no manual. É um tipo de condicionamento que, na maioria das vezes, só temos consciência com a bendita maturidade.

Reverter o processo do automático não é fácil, mas também não deve ser impossível. Nunca é tarde pra mudar os maus hábitos e ser feliz. É passo a passo, dia a dia. Rendemo-nos a rotina e desprendemo-nos dos detalhes quando no final, percebemos que são os detalhes que desenham nossa história no quebra-cabeça da vida.

sexta-feira, 7 de março de 2014

SEXO E OUTROS AMORES: A culpa é minha e eu coloco em quem eu quiser

SEXO E OUTROS AMORES: A culpa é minha e eu coloco em quem eu quiser: Um dia desses estava na “fila da esperança” no CCBB, coloquei esse nome porque é a fila das pessoas que não compraram ingresso com antecedê...

A culpa é minha e eu coloco em quem eu quiser

Um dia desses estava na “fila da esperança” no CCBB, coloquei esse nome porque é a fila das pessoas que não compraram ingresso com antecedência e ficam nela na esperança de conseguir um ingresso extra para assistir ao espetáculo, e me martirizava por não ter me programado e comprado antes. Ficava me perguntado por que eu fazia jus a máxima de que brasileiro só deixa tudo pra última hora. Quando estava a um casal para comprar, comentei com a senhora que estava atrás de mim que aquele era o pior momento porque estávamos na cara do gol e talvez poderíamos não conseguir. De fato, ela não conseguiu e eu fui a última daquela fila que consegui os últimos ingressos. Quando ela foi comunicada que os ingressos haviam acabados esbravejou falando que fora praga minha. Saí rindo e fiquei pensando naquelas palavras.

Quantas vezes somos culpados pelas nossas escolhas? Não quero ser extremista, mas diria que na maioria ou todas as vezes. São nossas escolhas! São nossas escolhas quando decidimos comer aquele pedaço de bolo e furar a dieta, quando decidimos ficar deitada na frente da tv a ir para a caminhada ou para a academia, quando decidimos fingir um orgasmo, falar a verdade, namorar, casar, mentir... O poder parece voltar novamente para nós.

Por que não assumirmos nossas escolhas? Por que é mais fácil e cômodo simplesmente culpar as pedras que surgiram no caminho ou o outro? Culpamos filhos, maridos, religião, padre, pastor, amigos, pai, mãe, até Deus, mas, nem sempre nós mesmos. É mais “fácil” olhar o outro, apontar o dedo para o outro do que para nós mesmos. Quando assumimos a culpa, tudo fica mais leve. Porque se nós somos culpados significa que somos nós que mudamos o percurso, somos nós que mudamos o caminho... Não é fácil olharmos para o espelho da vida e percebemos que a culpa foi nossa, não é fácil nos encararmos e dar-nos força e impulsionar aquele sonho ou resolver aquele problema, afinal de contas, a culpa é minha e eu coloco em quem eu quiser!


sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

SEXO E OUTROS AMORES: Você é o que você é???

SEXO E OUTROS AMORES: Você é o que você é???: Interessante porque há situações com que nos surpreendemos com quem não somos ou com quem não gostaríamos de ser. Surpreendemo-nos quando t...

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

SEXO E OUTROS AMORES: Treinamento para Infelicidade

SEXO E OUTROS AMORES: Treinamento para Infelicidade: Conversando com uma amiga caíram algumas fichas que me incomodavam há algum tempo. Esta amiga vive uma crise que eu particularmente gosto ...

SEXO E OUTROS AMORES: Communicare – partilhar, participar algo, tornar c...

SEXO E OUTROS AMORES: Communicare – partilhar, participar algo, tornar c...: Século XXI, Era da Comunicação. Como isso evoluiu!!!!  Lembro-me antigamente, como era difícil e caro falar com alguém do outro lado do oce...

Communicare – partilhar, participar algo, tornar comum

Século XXI, Era da Comunicação. Como isso evoluiu!!!!  Lembro-me antigamente, como era difícil e caro falar com alguém do outro lado do oceano. Hoje é tudo tão simples! As pessoas estão do outro lado do país e nos comunicamos através do whatsapp, facebook, Skype, etc.,  difícil até dar desculpa. Quando eu era adolescente, lembro-me de como era divertido ficar sentada na calçada conversando e conversando..., dos casais que conversavam e conversavam e toda essa comunicação fluía no meio de boas risadas, planos, juras de amor e de amizade... Como é gostoso lembrar!!! Século XXI, a Era da Comunicação! Tão forte e tão fraco.Com tantos artifícios para se comunicarem as pessoas não se comunicam com pessoas, elas interagem com celulares, computadores, com máquinas, mas não com seres vivos. No último final de semana o whatsapp ficou sem funcionar e vi indivíduos perdidos, sem saber o que fazer. Hoje, a gente se comunica ou finge que se comunica?

A falta de comunicação está entre os dez motivos de separação, está relacionada ao suicídio de jovens/ adolescentes e eu diria que até mesmo à hiperatividade infantil. Em minha opinião, comunicação tem a ver com concentração, tem a ver em se concentrar no outro, olho no olho, toque, chamegos, pele, cheiro,  abraços... Quantos de nós caímos na cilada de “descansar” na frente da TV ou nos frustrarmos quando tínhamos certeza “na nossa cabeça” que o parceiro(a) ia nos levar para aquele restaurante, ou comprar exatamente aquele presente, ou fazer amor exatamente como imaginávamos?? Eu não sei quem disse que seres humanos leem pensamentos!! E também não sei de onde a gente tirou isso!! O que sei é que até essa ficha cair, muita coisa dá errado.

Comunnicare, partilhar... exige um emissor e um receptor. É o ato de falar, mas também ouvir. Às vezes estamos tão acostumados a não falar que não gostamos de ouvir. Por que não falar quando quer comer naquele restaurante preferido ou experimentar uma posição nova? Por que se submeter a vontade do outro e não se colocar? Por que não ouvir o que o outro tem a dizer sobre nós? Saber ouvir implica em refletir sobre nossas verdades e refletir sobre nós mesmos. Saber ouvir implica em respeitar o outro e a si mesmo. Talvez agimos na defensiva como se fôssemos os donos da verdade mas em relacionamentos não existe o dono da verdade. Existe e exige comunicação, negociação, tolerância... e, quando nos desfazemos de verdades absolutas nos entregamos e nos encaixamos ao outro como uma espécie de engrenagem e as coisas simplesmente fluem, talvez nem haja tantas frustrações e as expectativas no outro ficam claras e reais. Simples assim! Difícil? E por que não tentar? Vá! Comunique-se! Fale! Faça! Escute, porque quem não se comunica, se trumbica!!!

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Treinamento para Infelicidade

Conversando com uma amiga caíram algumas fichas que me incomodavam há algum tempo. Esta amiga vive uma crise que eu particularmente gosto de chamar de “Crise Pós Disney”. Engraçado? Não, nada engraçado. Nós mulheres carregamos um fardo muito pesado por conta dos contos de fada. Interessante como as princesas sempre são muito educadas, falam baixo, nunca se irritam, e sempre, sempre esperam o príncipe encantado. Enquanto os príncipes enfrentam bruxas, dragões, cruzam fronteiras, caem e levantam, lutam, apanham mas sobrevivem!
Tudo não passa de um treinamento, um treinamento para a infelicidade. Somos treinadas para esperar e não para agir, para sofrer, para acreditar que o outro será a solução e, vai nos tirar da torre da desilusão,  vai nos salvar das bruxas do tédio, vai nos fazer felizes para sempre. Somos protegidas em excesso. Quantas vezes você ouviu a explicação: ele pode porque ele é menino e você não pode porque é menina? Não podemos rir alto porque soa como deselegante, não podemos comer com a mão porque é falta de educação, não podemos gemer porque é pecado, não podemos ligar quando estamos com tesão porque mulher não pode ligar, não podemos falar de sexo ou querer sexo porque não é coisa de moça de família, não podemos casar com ele porque tem uma condição social inferior a sua, porque ele malha e você não gosta de malhar, porque ele não é da mesma religião, porque ele é gordo e você é gostosa, não podemos não podemos  e não podemos. Não podemos ser felizes...
Enquanto os homens!!! Ahhh os homens... Eles podem gritar, cair e levantar, rir alto, ligar na hora que tem vontade, dar uma topada e xingar (tem coisa melhor do que falar um palavrão quando a gente bate no sofá com o dedo mindinho?)  entre outras coisas...
É isso, somos treinadas para sermos infelizes... E, de repente a gente se pergunta por quê? Por que eu não me permito, por que eu não vou, por que eu não quero, por que eu não faço por que tenho medo... Medo de arriscar, medo de gritar, medo de recomeçar, medo de ser feliz!
A ideia não é sair gritando com uma melancia na cabeça e parar no psiquiatra saindo de lá com a receita pra Fluoxetina ou Rivotril. É recomeçar, é rever seus conceitos e ser feliz por direito, é ter coragem, é enfrentar, é arriscar porque nesta vida o “não” é garantido e a gente briga pelo “sim” e, se não cruzarmos a floresta do medo seremos engolidas por clichês de “ela é menina e não pode”. A vida é muito grandiosa pra simplesmente alguém lhe colocar uma etiqueta e você simplesmente se limitar ao que o outro te impõe e, não viver. Então, que tal tirar os rótulos??

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Você é o que você é???

Interessante porque há situações com que nos surpreendemos com quem não somos ou com quem não gostaríamos de ser. Surpreendemo-nos quando temos reações que nunca imaginaríamos que teríamos.  A questão é que somos frutos do meio e, quando agimos como mulheres sexualmente desprendidas, fingindo orgasmos múltiplos e se submetendo a um homem que a gente acha que é um príncipe, mas é um sapo, percebemos o quanto nos deixamos enganar pelos contos de fada e que no mundo real do relacionamento a dois tudo muda. Muda porque não existem felizes para sempre como nos contos de fada, muda porque o sapo que seria o príncipe deixa a tampa do vaso levantada, porque ele bebe água e deixa o copo em qualquer lugar da sala, porque nós trabalhamos de 6-8h por dia, cuidamos da casa, dos filhos, do marido e às vezes de nós. Ainda sim, deveríamos estar sempre dispostas pra fazer um sexo oral como nos filmes pornôs, exatamente como, e fazer sexo selvagem como os parceiros recebem em vídeos pelo whatsApp.
Um dia a gente se pergunta aonde a gente deixou de existir, porque nós olhamos no espelho e tudo que conseguimos ver é o passado porque perdemos nossa vontade, perdemos o nosso hobby, perdemos o nosso eu. Colocaram-nos no modo automático e como por um acaso, caiu no manual, e a gente se percebe. Percebe que queremos mais atenção, mais carinho, mais tempo, mais amor. Que a gente não quer transar por transar, que não quer viver apenas para o marido e nem somente para os filhos. Que a gente tem vontade de jogar conversa fora, de fazer amor durante o final de semana inteiro sem se preocupar em fazer comida ou cuidar da casa ou com filhos, de viajar a dois, de sair de mãos dadas para namorar como adolescentes e que a gente quer beijar na boca igual e tão gostoso como o casal da novela.

Essência! Perdemos nossa essência quando nos rendemos a um relacionamento que não há troca, que nos anula que nos consome que nos mata. Então passamos a viver como zumbis, nos alimentando de uma vida de fantasia e aceitando migalhas emocionais. O mais interessante é que a mudança só parte de nós e hoje, sim hoje é o tempo de despertar,  o tempo de assumir as rédeas de sua vida e mudar o fim da sua história. Porque a única que tem esse poder é você!!