Expressão tão comum que deveria ser mais presente em nossas
vidas, ou melhor, em relação nosso órgão sexual. A relação que temos com o
órgão, nós mulheres em especial, nem sempre é normal, ou até humana e muito
menos motivadora. Falo motivadora porque enquanto os homens dão apelidos
grandiosos, como se com tais nomes conseguissem ganhar uma guerra e virar
lendas, nós mulheres, parecemos carregar o peso da inveja do pênis e acabamos
sendo conduzidas a nomenclaturas que apresentam certo nojo e até um menosprezo
com nosso órgão, até decorrente de uma baixa autoestima sexual.
Chega a ser engraçado, pra não dizer patético, a forma como é
imposto a relação com o órgão sexual feminino. Tais questões denotam certo
preconceito ou a carga dos tempos remotos de que mulher não tinha direito ao prazer,
não tinha direito a ser. E aí, em pleno século XXI, deparamo-nos com mulheres
que tem vergonha do seu órgão, que foi ensinada a dar um nome como se fosse um
disfarce, nada que remeta a questões sexuais. São mulheres que foram induzidas
a renegar seu órgão ou a simplesmente ignorar.
Depois de queimar sutiã, brigar por direitos iguais, vimo-nos
frustradas sexualmente quando precisamos simplesmente aceita-la, simplesmente
dar o nome correto. Vamos combinar, não dá pra viver a vida simplesmente ignorando
um fígado, ou um rim, ou até mesmo alguns vasinhos, quanto menos a nossa
vagina.
Vagina! O nome nem é feito e tem gente com nome pior!!! É um
órgão tão perfeito quanto qualquer outro do corpo humano, de uma
elasticidade extraordinária ainda tem a adorável função predestinada ao prazer.
Está ligada diretamente com todos os outros órgãos e às vezes nos dá sinais
muito mais claros. O difícil é ver o sinal de um “ser” ignorado né?
Então, ignorar sua
vagina é ignorar você, sua saúde, sua sexualidade. Dê nome aos bois, não a sua
vagina. Trate as coisas como elas são e certamente os problemas ficarão muito
mais fáceis de ser resolvidos com seus respectivos nomes e não com os disfarces
que lhe são dados.
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