segunda-feira, 5 de maio de 2014

Sim pra mim, não pra você!

Não, palavrinha ordinária! Tão pequenina, mas tão forte e, eu diria que até salva vidas. Quantas vezes gostaríamos de dizer não e dizemos sim? Quantas vezes nos pegamos sofrendo e nos perguntando o porquê de termos aceitado tal trabalho, ou ajuda, ou sexo, ou beijo, ou permitido ao invés de não permitir? Por que dizer não é tão sofrível às vezes? 

Quando criança, brincamos de bem me quer e mal me quer sempre torcendo pra dar bem me quer, mas quando crescemos acabamos optando “sem querer” pelo mal me quer porque deixamos que a “sorte” escolha e consequentemente deixamos de fazer nossas escolhas e, pior, sempre achamos justificativas plausíveis pra aceitar o que não gostaríamos de aceitar.

Sempre costumo dizer que quando dizemos não ao outro dizemos sim para nós mesmos. Parece que essa equação monossilábica é resolvida com o verbo permitir. Permitir-se, essa é a resolução. Tantas vezes sacrificamos amigos, maridos, esposas, filhos, prazeres porque simplesmente não conseguimos dizer “não” e aos poucos, como um vírus, somos consumidos pelo trabalho e até por pessoas que convivem do nosso lado que sabem de nossa condição “positiva” frente a um problema a ser resolvido. Daí um dia pensamos: por que só eu? E mais uma vez temos respostas que nos soam coerentes e convincentes. Convencemo-nos de que o melhor para nós é o “não” e para o outro é o “sim”, ou seja, convencemo-nos do mal me quer.

Quando começou? Quando criança? Quando casamos? Quando obtivemos o nosso primeiro emprego? Seria uma discursão muito mais aprofundada, talvez para discutir com um profissional, mas a questão é que pode-se inverter esse processo. Podemos nos permitir, permitir ficar um pouquinho mais na cama, permitir assistir aquele filme que sempre se programou e não consegue ver, permitir ficar mais tempo com seu filho e brincar daquela brincadeira que ele sempre pede e você nunca dispõe de tempo, permitir ficar em sem fazer nada assistindo sessão da tarde ou qualquer outro tipo de filme em que você vai dormir mais do que assistir mas sairá renovado. Por que não? Porque sim!! Porque merecemos e basta apenas acreditar que merecemos.


Quando acreditamos que merecemos demos nossos passos confiantes e acreditamos que viver um dia após o outro é mais leve do que carregar nas costas o passado e não viver o presente preocupado com o amanhã. Não dá pra viver o hoje se não nos permitirmos. Permita-se, viva, diga sim a você! 

Um comentário:

  1. Começamos a dizer "sim" por medo de sofrermos rejeiçao ou por uma certa vaidade, querendo fazer o papel de "bonzinho". Esses sao dois dos varios motivos.

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