quarta-feira, 8 de julho de 2015

SEXO E OUTROS AMORES: O falo do século XXI

SEXO E OUTROS AMORES: O falo do século XXI: Dias atrás fiquei pensando nessa questão fálica do novo século. É claro que quando pensamos em objetos ou até mesmo situações fálicas certa...

O falo do século XXI

Dias atrás fiquei pensando nessa questão fálica do novo século. É claro que quando pensamos em objetos ou até mesmo situações fálicas certamente nos vem à mente inúmeras situações, inúmeros objetos, mas o que mais me chamou a atenção foi famoso, idealizador, tenebroso, salvador e devastador “Smartphone”.  
Fico observando como as pessoas têm trocado as relações reais pelas virtuais. As redes sociais são entupidas de amigos que às vezes nem te conhecem ou só te viram uma vez ou porque têm vários amigos em comum ou simplesmente porque foram com sua cara, o WhatsApp de grupos intermináveis, grupos de família, grupo de trabalho, grupo de festa ou simplesmente grupos. Grupos que infernizam seu dia com mensagens de bom dia, boa tarde ou boa noite, aqueles bichinhos falando com a voz estranha, vídeos sem noções, fotos de gente famosa morta ou acidentada... Enfim, no final das contas quando a maioria dessas pessoas te encontram às vezes, e por vezes, mal olham na sua cara e falam simplesmente “Oi”!
Apesar de todas essas questões as pessoas não se desligam do Smartphones, alegando que estão resolvendo questões de trabalho ou simplesmente se divertindo. É quase um ato masturbatório ficar com aquele dedinho inquieto no celular, com os olhos fixados naquilo sem simplesmente querer olhar para o lado, quase como hipnotizado pelo santo graal. Certamente tomadas por uma sensação de empoderamento, uma necessidade de se fazer presente, de se mostrar presente, de estar online para, de repente, preencher um vazio existencial.
Vazio este, que a cada dia, cada minuto tem aumentado quando um amigo quer simplesmente desfrutar da sua companhia, ou sua mulher ou seu esposo querendo dar ou receber carinho ou simplesmente um sexo gostoso, ou seu filho querendo brincar.
Um gozo vazio que não te deixa nem com a pele bonita. Um gozo ilusório quando na verdade não há gozo, há desgosto. E aí eu pergunto: vale a pena essa troca? É realmente vantajosa? O fato é que precisamos parar de inventar desculpas para justificar nossas falhas e simplesmente aceitar que devemos investir mais em nos relacionar, em resgatar amizades e boas conversas na praça ou no parque. Refazer os laços, relacionar-se, não é mandar mensagens de força pelo Facebook ou pelo WhatsApp, refazer os laços muitas vezes implica em deixar tais aplicativos pra olhar nos olhos e sorrir junto, entender o que estar sentindo, entrar em contato consigo mesmo e não simplesmente “encaminhar” as mensagens com a justificativa de que te descreve ou tem tudo a ver contigo. Esse tipo de falo não te dá poderes e nem te faz gozar, ele te escraviza e te proporciona uma falsa liberdade. Talvez seja a hora de repensar prioridades e até mesmo sua liberdade só pra por a prova se você é dono do seu eu mesmo ou simplesmente servo do outro.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Como levantar sua autoestima

Certo dia fiquei pensando em mais uma armadilha da sociedade machista em que vivemos. Ao receber um vídeo sobre uma nova mulher que vem dividindo experiências com mulheres, dando cursos de como ter uma autoestima melhor, de como seduzir um homem entre outros constatei o quanto que vídeos como esse são frutos do reinado machista em que vivemos.

Quando somos mais novas, com toda aquela curiosidade sexual vídeos como esse servem de grande valia para nós, mas e os homens? Talvez nunca ninguém tenha parado pra pensar o porquê que só nós temos que ser as melhores de cama, dar aquele show, fazer aquele streap –tease, saber fazer  aquele sexo oral, ser descoladas, ser resolvidas e eles muitas vezes nada! Muitos não conseguem saber nem a importância da higienização para um sexo de qualidade.

Quantas mulheres convivem com uma ejaculação precoce e ainda levam a culpa? E quantos homens sabem realmente o que faz uma mulher feliz na cama? A meu ver, a literatura erótica feminina tem feito tanto sucesso porque nela, personagens como Christian Gray sabem que se a mulher deixar a bexiga não tão cheia fica mais fácil de chegar ao orgasmo. Quantos homens você conhece que sabem desse macete?  O universo machista dita que homens não precisam se reciclar, acham que só aquele trabalhinho mecânico aprendido em filmes pornôs é suficiente, por isso que muitas mulheres  preferem vibradores a homens! Sexo é uma troca e, como todo relacionamento, uma via de mão dupla.

Acredito que tá mais do que na hora de sair daquele clichezinho de que mulheres não gostam de homem e sim de dinheiro e blá blá blá e acreditar que se sua mulher está com você é porque ela não quer seu salário, certamente ela tem o salário dela e pode comprar as roupas, os acessórios e até pagar as viagens que ela deseja. Acredite, se ela está ao seu lado há tanto tempo e aturando suas manias e defeitos, é porque tem coisas que o ser humano pode oferecer ao outro que dinheiro nenhum paga, e gozar faz parte disso, e quando é com quem escolhemos dividir o resto de nossas vidas é melhor ainda!


 Talvez o mais criativo e mais prazeroso seja o mais simples dos prazeres. Talvez é simplesmente ouvir ou simplesmente perguntar. Talvez é simplesmente ver ou perceber de fora pra entender o porquê ou simplesmente se colocar no lugar do outro e aí meu amigo, todo esse pouco é muito e só você tem a ganhar!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Excesso

Final de ano já chegou e já passou, votos foram renovados, promessas refeitas, metas redefinidas e, pra variar, a velha e boa dieta certamente deve estar em uma das promessas de muitos. São dietas novas, milagrosas, sucos detox, tudo pra podermos nos recuperar dos excessos cometidos nas festas de final de ano ou do ano que passou. Muitos nutricionistas não defendem dietas, muitos defendem a educação ou reeducação alimentar. Excessos...

Se pararmos para pensar, tudo em excesso faz mal e, sem exceção, tudo mesmo!!  Excesso de peso, de magreza, de comida, de trabalho, de bebida, de sexo, de passado, de futuro, de amor, de desamor, de ciúmes, de água, de sono, de doces, de tudo! Segundo Freud, somos movidos por uma pulsão de vida e uma pulsão de morte, uma força constante que gera uma pressão permanente, de dentro pra fora, buscando um escoamento da energia excedente para que possa alcançar a satisfação. Eu arrisco dizer que muitas vezes essa “satisfação” vem traduzida em excesso.

Podemos até colocar que o excesso pode ser caracterizado por essa pressão, essa energia excedente sendo canalizada apenas unilateralmente. Então aí vem a questão, quantas pessoas que você conhece que, depois de um relacionamento mal sucedido enfiam a cara no trabalho sem direito a férias ou vida social, ou pessoas que justificam sua ausência em casa porque têm que trabalhar para dar o sustento para a família quando na verdade estão canalizando esse excesso de pressão psíquica, ou melhor, fogem ou vivem numa alta da pulsão de morte.


Certamente, mais pessoas do que podemos imaginar e por vezes nós mesmos vivemos impulsionados para a morte, justificando nossos excessos das formas mais descaradas fugindo do equilíbrio que a vida ou a natureza trata com normalidade e simplicidade; talvez seja “simplesmente simples” achar o caminho do equilíbrio, da reeducação. A reeducação, seja ela, alimentar, amorosa, psíquica é uma forma de ter de tudo um pouco, você pode comer de tudo, até chocolate, mas depois que aprende é educado pra vida toda. Porque o equilíbrio não é tudo de um e sim um pouco de tudo. E esse pouco de tudo que é o sacrifício que muitos não entendem, é o pouco que é muito, é o pouco que é simples, mas que faz feliz!