Final de ano já chegou e já
passou, votos foram renovados, promessas refeitas, metas redefinidas e, pra
variar, a velha e boa dieta certamente deve estar em uma das promessas de
muitos. São dietas novas, milagrosas, sucos detox, tudo pra podermos nos
recuperar dos excessos cometidos nas festas de final de ano ou do ano que
passou. Muitos nutricionistas não defendem dietas, muitos defendem a educação
ou reeducação alimentar. Excessos...
Se pararmos para pensar, tudo em
excesso faz mal e, sem exceção, tudo mesmo!!
Excesso de peso, de magreza, de comida, de trabalho, de bebida, de sexo,
de passado, de futuro, de amor, de desamor, de ciúmes, de água, de sono, de doces,
de tudo! Segundo Freud, somos movidos por uma pulsão de vida e uma pulsão de
morte, uma força constante que gera uma pressão permanente, de dentro pra fora,
buscando um escoamento da energia excedente para que possa alcançar a
satisfação. Eu arrisco dizer que muitas vezes essa “satisfação” vem traduzida
em excesso.
Podemos até colocar que o excesso
pode ser caracterizado por essa pressão, essa energia excedente sendo
canalizada apenas unilateralmente. Então aí vem a questão, quantas pessoas que
você conhece que, depois de um relacionamento mal sucedido enfiam a cara no
trabalho sem direito a férias ou vida social, ou pessoas que justificam sua
ausência em casa porque têm que trabalhar para dar o sustento para a família
quando na verdade estão canalizando esse excesso de pressão psíquica, ou melhor,
fogem ou vivem numa alta da pulsão de morte.
Certamente, mais pessoas do que
podemos imaginar e por vezes nós mesmos vivemos impulsionados para a morte,
justificando nossos excessos das formas mais descaradas fugindo do equilíbrio
que a vida ou a natureza trata com normalidade e simplicidade; talvez seja “simplesmente
simples” achar o caminho do equilíbrio, da reeducação. A reeducação, seja ela,
alimentar, amorosa, psíquica é uma forma de ter de tudo um pouco, você pode
comer de tudo, até chocolate, mas depois que aprende é educado pra vida toda. Porque o equilíbrio não é tudo de um e sim um
pouco de tudo. E esse pouco de tudo que é o sacrifício que muitos não entendem,
é o pouco que é muito, é o pouco que é simples, mas que faz feliz!
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