segunda-feira, 21 de abril de 2014

A regra é clara?

E existe regra?? Quantas vezes já ouvimos ou até mesmo nos dirigimos a colegas com conselhos como não pode transar no primeiro encontro, o primeiro beijo deve ser assim, em casamento não pode usar tal cor, tem que casar com o rapaz da mesma religião, não diga que está com medo, a lingeri tem que ser de tal cor, não faça isso não faça aquilo ou faça dessa forma senão ele não fica na sua, se você quer namorar não pode fazer tal coisa tem que fazer assim... aff!!! Tantas regras e nada acontece como esperado. De uma certa forma, os relacionamentos seriam muito mais fáceis se seguissem uma regra, uma etiqueta, mas o fato é que para nenhum tipo de relacionamento existe uma regra certa. Acredito que tenham certos princípios como respeito, cumplicidade, amor que, a meu ver, são pilares e não regras, nenhum relacionamento sobrevive sem eles, mas aí são outros quinhentos.

 Assim é a vida, não há receitas nem bulas. Como diz Walter Riso “O amor não é um jogo de indiretas e enigmas para decifrar às 24 horas do dia para saber quando, onde e como vão nos amar”. Somos seres dinâmicos, reagimos a diferentes estímulos e isso que faz com que namoros de 3 meses durem até que a morte os separe e  outros, que duraram 10 anos, sobrevivam apenas a 1 ano de casamento. É o que faz pessoas  que se conheceram numa micarê ou na internet serem felizes e outras casarem com o rapazinho da mesma religião e viverem um inferno.

São tantas regras, mas nenhuma serve pra todos... A questão é, existem regras?? Sim, existem. Mas acredito que elas são relativas quando o assunto é relacionamento. Numa boa relação a linguagem é universal, não há muito o que ser traduzido porque os amantes falam o mesmo idioma, como diz Walter Riso “... ainda que haja um dialeto, são variações de uma mesma língua.” Colocar tudo dentro de um balde só é burrice.

Então, a questão é que a vida não é um jogo, o amor não é um jogo e as regras não são tão claras. A vida é pra ser vivida da melhor forma, enfrentando com coragem seus percalços e contornando com sabedoria as pedras do caminho.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Virar a página

Quem gosta de ler, sabe o quanto é gostoso virar uma página ansioso pelo final. Chega a ser quase como uma degustação, um misto de ansiedade para saber como aquela história vai acabar. Escrever um livro deve ser mais excitante ainda, a cada página, o autor anseia por explanar os detalhes que vão levar ao final daquela história. Por que é tão difícil virar a página na maioria das vezes? Tenho a impressão de que a maioria de nós, confundimos virar a página com recomeçar. Recomeçar pode ser completamente diferente, mas também pode ser complemento do ato de virar a página. Complexo? Talvez.

Cada indivíduo tem sua história, cada um tem sua primeira página, que faz com que ele seja o que é hoje. Um dia, ao em vez de ser um personagem secundário passa a ser o autor, o autor de sua história e sendo assim, o personagem que quiser. Delícia!!! Podemos ser o que quisermos, mas não conseguimos simplesmente ser, porque quando somos mesmo não sendo quem realmente somos, nos apegamos a um eu que não nos pertence e que receamos em desapegar porque é o que conhecemos e não o que de fato somos. Então vem o medo. Medo de virar a página, pegar a caneta da vida e escrever a sua história, ou reescrever a sua vida e ser de fato quem você é. Ora, pra escrever sobre um personagem deve-se saber o que esse personagem gosta, curte, odeia, ama, deve-se saber quem ele e é. Temos vergonha de nós mesmos quando percebemos que não sabemos escrever de nós e sobre nós, quando percebemos que nos  acomodamos aos personagens secundários e tememos o futuro, o papel principal da vida.  Muita responsabilidade?? Mas talvez a responsabilidade seja o preço da liberdade. Liberdade pra conduzir, pra improvisar e até mesmo pra arrancar a folha do livro e reescrever a história. Reescrever....


Virar a página, ir. Virar a página não significa apagar as páginas vividas, afinal de contas, as páginas que ficaram para trás fazem parte da sua história, significa seguir em frente, levantar a cabeça e ir. Assumir o personagem principal, ficar no centro do palco e encarar o público de frente. Difícil? Sim. Impossível? Não. Certa vez li uma frase que dizia “o difícil é o fácil que nunca foi tentado”. Talvez, assumir a caneta do livro da vida seja mais fácil do que ser fantoche da sociedade em que vivemos, seja ela no meio familiar, no trabalho ou na vida afetiva. Tente, mas tente olhando pra frente, escreva o que há de melhor no seu livro, arrisque, inove, mas viva! Vire cada página da sua vida com a certeza de um final feliz!