quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Homens ao mar!!!!

Expressão bem conhecida quando se trata de perigo ou algo parecido. O curioso é que um dia desses usei uma metáfora com um paciente que depois até eu mesma fiquei pensando. Coloquei que, às vezes, era preferível “abraçar a âncora”. Fiquei pensando na comodidade de tantas pessoas que acabam por fazer esta escolha. Quantas vezes desistimos de nadar e por vezes nem tentamos? Nadar pra mim é um dos esportes mais difíceis que conheço. Já experimentei vários esportes, mas nadar... Água cansa mais do que 20 km de corrida. Quantas vezes a vida fez isso conosco? São tantas ondas, os famosos “caldos” que, faz com que saiamos do mar sem saber quem somos, para onde vamos ou, vai dizer que ninguém nunca tomou ou “caldo” daqueles? São dificuldades que várias vezes fazem com que nós simplesmente abracemos a âncora, desistimos.

Aprender a nadar para alguns educadores físicos é uma questão de sobrevivência. Hoje, tem-se a natação para bebês. Deveria ser pré-requisito, afinal de contas não tem coisa melhor do que ir a algum lugar que tenha piscina e ficar tranquilo em relação ao seu filho. Quando somos crianças e seu pai diz: pula! Você vai e pula! Deveria ser assim para viver, ensinar a nadar, ou melhor, a viver! Só que quando crescemos parece que o medo cresce proporcionalmente. Temos medo de pular, de nadar, de viver! Ficamos hesitantes, damos tantas desculpas, tantas explicações, algumas tão surreais que só nós acreditamos. Ora, medo e o desespero no mar são apenas condições para a morte, a sua e a de quem pode te salvar. Quem conhece o mar sabe que ele, em sua magnitude, merece respeito. A vida também oras!

Jogar-se na vida não significa não pensar nas dificuldades que ela vai apresentar, mas sim confiança de que pode sobreviver e, que em meio a ondas e caldos que você vai tomar e que podem até te tombar, deve-se ter o respeito e discernimento para enfrenta-los de modo que não se afunde e nem afogue quem pode te salvar. Tantas vezes a solução de vários, muitos problemas estão na nossa frente e simplesmente, por conta do desespero, não conseguimos enxergar. Parece difícil, mas, o difícil é o fácil que nunca foi tentado, as vezes, é só dar aquele impulso pra respirar um pouco e conseguir pensar.

Viver não é fácil, viver e ser feliz é mais difícil ainda, mas quando se decide por isso, aprendemos a ver as dificuldades de forma diferente e, quando alguém ou alguma situação te joga no mar, você nada! E por maiores que sejam as ondas você consegue! Ninguém nunca disse que seria fácil, mas que valeria a pena!

domingo, 10 de agosto de 2014

SEXO E OUTROS AMORES: São só garotos

SEXO E OUTROS AMORES: São só garotos: Um dia desses fiquei pensando como deve ser ruim ser homem porque concluí que é muito, mas muito melhor ser mulher. Talvez seja uma quest...

São só garotos


Um dia desses fiquei pensando como deve ser ruim ser homem porque concluí que é muito, mas muito melhor ser mulher. Talvez seja uma questão de semântica, se é que se pode dizer assim. Então, nós mulheres somos treinadas para sermos mulheres, bem ou mal, é isso que acontece. Desde pequenas ganhamos bonequinhas, algumas aprendem a bordar, outras panelinhas, e recebemos conselhos futurísticos com frases sempre iniciadas com aquela conjunção “quando”. Quando você casar... Quando tiver a sua casa... Quando você for mãe... Quando..... quem não se lembra de ter ouvido alguma frase assim ou de já ter falado algo do tipo. E os homens?? Eu mesma nunca me lembro de ter ouvido frases parecidas para os homens. Adoraria que eles ouvissem frases do tipo quando você casar corteje sempre sua esposa, nunca deixe de namora-la, corteje-a sempre não somente quando quiser transar, ajude-a em casa, não deixe a tampa do vaso levantada, seja proativo, fique mais tempo com seus filhos e se fosse fazer uma lista não pararia por aqui. Ao invés disso eles escutam frases como homem não chora, homem não podem brincar de boneca... homem não... e homem não! Enquanto somos “treinadas” para tornarmos mulheres eles são incentivados a serem apenas garotos, alienados por um machismo que os forja como homens.

E aí, vem o casamento! Tudo que foi construído é desconstruído, tudo que achávamos que seria de um jeito é de uma forma completamente diferente! Hábitos diferentes que são mudados ou adaptados, somos obrigados a amadurecer, a respeitar, a crescer, a assumir! Assumir a vida adulta, pagar contas, sorrir quando quer chorar, falar quando não quer falar. Nós mulheres, claro que nem todas e cada uma no seu ritmo, parece que temos uma coisa meio “camaleoa” de se adaptar, de usar a criatividade e solucionar problemas. Já os homens... o tempo de maturação é diferente, sofrem, mas ninguém falou pra eles que homem sofria de amor ou por amor, sentem vontade de chorar, mas todo mundo dizia que homem não chora, eles até tentam , mas não mostraram que eles tinham outras opções, apenas uma.

Pior do que o casamento são os filhos! E agora?? Uma criaturinha tão pequena depende desse pai que, automaticamente, transforma-se em herói ou príncipe. O mundo deles cai porque até então, fizera o que fora projetado: jogar bola, assistir campeonatos de futebol ou algum canal de esporte, coçar o saco, campeonatos de quem cospe mais longe e de repente, aquele que não brincou de bonecas pra ter uma ideia de como seria segurar um bebê, trocar fraldas, dar banho, brincar, aconselhar sobre namorados se vê obrigado a fazer tudo isso, por uma espécie de amor que ele nunca experimentou.


 E aí eles viram homens! (Uns nunca se transformam, mas foquemos na parte boa). Os valores mudam, a forma de ver algumas coisas muda quase tudo muda. Alguns até experimentam uma espécie de gratidão pelas mulheres de sua vida. Como quase tudo na natureza, o homem tem seu tempo de maturação. Deve-se considerar as “interferências” que o preparam ou simplesmente retardam esse processo. Mais uma vez, a comunicação e o respeito têm seu valor primordial com uma boa dose de paciência dentro da panela do amor.